Carnaval é lugar de damas nas calçadas
Agnaldo Magalhães, a direta da foto e seu amigo, Edson Ribeiro, jogando damas no Carnaval do Circuito Batatinha (Pelourinho)
Foto: Renato Filho (aluno de Publicidade - FCS)
Foto: Renato Filho (aluno de Publicidade - FCS)
Renato Filho
O Circuito Batatinha (Pelourinho) é o cenário perfeito para recordar os antigos carnavais. Marchinhas, fanfarras, batuques, cortejos formados por crianças, jovens e pessoas da terceira idade dão o tom nostálgico à festa de Momo.
Em meio à alegria bucólica do Carnaval do Centro Histórico que lembra vilarejos dos livros de Jorge Amado, ainda é possível depara-se com cenas pitorescas, para não dizer engraçadas, como dois senhores sentados ao largo, jogando damas, enquanto literalmente, a banda passa.
Em plena quinta-feira (16), às 21h, no primeiro dia oficial de Carnaval, Agnaldo Magalhães (65), mecanógrafo aposentado, joga uma disputada partida de damas, com seu amigo Edson Ribeiro (75), fotógrafo, também aposentado. Segundo Magalhães, a agitação das pessoas e barulhos das bandinhas não tira a sua concentração. “O que rouba a minha atenção, é você me fazendo essas perguntas”, diz o ex-mecanógrafo, sorrindo e dando um tapinha nas minhas costas.
Foto: Renato Filho
Para Magalhães, o Carnaval de outrora é que era divertido, pois a festa de hoje é muito perigosa e violenta. “Já brinquei muito o Carnaval quando era jovem, agora prefiro ficar jogando com os amigos”, pondera. Ele ainda revela que já jogou damas com o governado Jaques Wagner, no mesmo lugar que estava agora, na calçada do Terreiro de Jesus, onde as damas cantam e a banda passa.
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