"Meninas assanhadas" carregam pistolas no Carnaval de Salvador
A muquirana Jorge Pires se preparando para desfilar
Foto: Renato Filho (aluno de Publicidade da FCS)
Renato Filho
No livro Gabriela cravo e canela, o lugar da alegria era o Cabaré Bataclã, casa de muitas festas e meninas arretadas. Comandado por Maria Machadão, o brega recebia os coronéis das fazendas de cacaus de Ilhéus, para muita diversão e orgias. O Carnaval de Salvador também tem as suas "meninas assanhadas", os foliões dos blocos de travestidos.
Com fantasias femininas e munidos com pistolas d’água, os travestidos divertem e causam muita confusão por onde passam, já que nem todos que são molhados por eles, leva a brincadeira na esportiva. Uma coisa é certa, esses blocos quando desfilam fazem da avenida um baile a fantasia.
O sucesso dos homens fantasiados de mulher no Carnaval é tanto, que a cada ano surge uma entidade nova. O bloco mais tradicional nesse gênero é As Muquiranas, fundado em 1966, por um grupo de amigos e o mais recente é As Safadinhas, bloco formado por homens do bairro do Stiep.
A muquirana Jorge Pires (55), aposentado, sai na entidade carnavalesca há 15 anos. “Nos três dias de Carnaval em que saio nas Muquiranas, aproveito para liberar meu lado feminino, eu me identifico com o bloco”, revela.
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