Personagem vivo de Jorge Amado é carnavalesco
Máscara de Zu Campos, artista plástico baiano
Foto divulgação: Blog do Soteropolis
Isaac Donato
Jorge Amado, em suas obras, fez um grande bloco de amigos. Sim, por trás de Vadinho, Dona Flor e seu Nacib, por exemplo, há figuras reais do círculo do escritor baiano. Quando não ficcionalizava, Amado usava os próprios nomes reais. Um exemplo é o artista plástico Zu Campos, citado em " O Sumiço da Santa"(1988),como personagem, com direito a diálogo no conflito principal da obra.
Zu Campos, 72, é Jesuíno Campos de Oliveira. Tem história na área de escultura em madeira. O romance chega a citar o endereço, ainda atual do artista, cujo atelier funciona no centro de Salvador. ”Eu apareço como eu mesmo no romance. Meu livro é, inclusive,autografado pelo próprio Jorge, que me tinha como grande amigo", revela.
Mas a arte de Zu tem, também, forte ligação com o carnaval baiano. Entre os anos 80 e 90, o artista assinou a decoração dos circuitos da folia. Como um dos membros da Associação de Blocos Carnavalescos, o escultor guarda lembranças dessa época. “Em cima do tema do carnaval, fazíamos uma pesquisa em busca da melhor abordagem para retratar o clima da festa”, conta.
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